Costumamos chamar-lhe susto de morte, mas verdade são sustos pela vida, pois é aquilo que vemos num instante a ir-se embora sem aviso prévio.
Pessoalmente, já tive alguns sustos destes.
Consigo numerá-los. Até hoje temi pela vida 3 vezes.
A primeira, num acidente de automóvel, que não chegou a ser acidente só por mero acaso e que não passou de cerca de 1 a 2 minutos a patinar numa auto-estrada, como se estivéssemos a patinar em gelo e que demos tantas voltas no carro que neste minutinho consegui pensa que era ali mesmo… que ía deixar de existir naquele preciso momento. Três das voltas, o carro insistia em dirigir-se para a beira de um precipício que nem por isso pareceu ter um resguardo muito seguro e certamente não teria aguentado com o embate do carro, que felizmente teimou em virar-se sempre para o outro lado no momento H.
Não passou de um susto… um susto pela vida. Acabámos esta odisseia virados em sentido contrário com alguns (poucos felizmente) carros a passarem por nós com ar de quem nem acreditava no que acaba de ver. Não vos consigo explicar o que nos ocorre nestes momentos e pelo relato pode parecer absurdo que tenha temido pela vida, mas de facto aconteceu-me.
A segunda, foi no início da minha depressão, quando ainda nem sabia o que era uma depressão e nem tão pouco tinha ouvido falar em ataques de pânico. Pois então comecei a tê-los sem explicação aparente e sem saber o que se passava até ter um ataque de pânico de tal dimensão e intensidade que achei que estava a ter um ataque cardíaco e dei entrada de urgência no hospital, que mal conseguia respirar, completamente desorientada e quase desfalecida, e com o coração aos pulos que nem consigo determinar a dor que senti no peito. Após algumas avaliações de médicos, deram-me uma injecção e puf… adormeci… no momento em que dei entrada no hospital achei também que tinha chegado a minha hora. Que estava na altura de abandonar este planeta.
A terceira, temi….não pela minha, mas pela vida da minha filha. Infelizmente e pela primeira vez tive um susto de morte ou pela sua vida. Não quero detalhar nem explicar o que se sucedeu, mas só vos sei dizer que mil vezes prefiro ter sustos destes em pessoa que voltar algum dia a temer pela vida dela como temi há uns dias atrás.
Nem sei bem porquê vim aqui deixar este texto que nem nexo tem, mas apetecia-me debitar palavras.
PS. A Marta está bem de saúde e recomenda-se :D , como eu disse não passou de um susto.
Jokinhas